A faculdade de arquitetura muitas vezes negligencia a importância do projeto luminotécnico, deixando profissionais do ramo despreparados para desenvolvê-lo em residências. Neste contexto, abordaremos aspectos essenciais para enriquecer um projeto bem-sucedido. Antes de se lançar em um projeto de iluminação, é crucial compreender conceitos fundamentais. Não se resume a escolher uma fita de LED e distribuí-la aleatoriamente; cada escolha tem uma intenção específica.
A presença de iluminação natural é crucial em qualquer ambiente, pois a falta dela aumenta a complexidade de iluminar artificialmente. A iluminação desempenha papel direto na percepção do ambiente, influenciando sensações, humor e produtividade. Portanto, planejar meticulosamente o projeto luminotécnico é imperativo durante o desenvolvimento de projetos arquitetônicos, como enfatizado por Oscar Niemeyer: “Uma boa iluminação levanta uma arquitetura medíocre, e uma iluminação ruim acaba com o melhor projeto.”
Diodo Emissor de Luz (LED) é um componente semicondutor que emite luz ao passar corrente elétrica, amplamente utilizado em lâmpadas, fitas e luminárias. Sua popularidade decorre da versatilidade e eficiência energética em comparação com outras fontes luminosas. Além disso, sua presença em diversas aplicações, desde eletrodomésticos até veículos, destaca-se, especialmente nas versões multicoloridas denominadas RGB.
Antes da prevalência dos LEDs, avaliava-se a potência das lâmpadas apenas em Watts. No entanto, em tempos sustentáveis, a eficiência energética supera a mera potência, tornando crucial considerar o fluxo luminoso e outras grandezas. A intensidade luminosa, medida em Candelas, a iluminância, medida em Lux, e a luminância, relacionada à percepção humana, são conceitos-chave a serem compreendidos.
O fluxo luminoso, expresso em Lúmens, determina a capacidade de uma lâmpada iluminar um ambiente e, portanto, sua eficiência. Normas técnicas, como as estabelecidas pela ABNT, orientam sobre o fluxo luminoso necessário conforme as atividades em determinado espaço.
A temperatura de cor é vital na escolha da lâmpada ideal, influenciando a atmosfera do ambiente. O exemplo prático de fast food versus restaurante elegante destaca a importância da intenção por trás da iluminação. A luz quente acolhe, enquanto a luz fria desperta. Ao considerar ambientes residenciais, a temperatura de cor adequada proporciona aconchego.
Ao explorar ambientes específicos, como cozinha, banheiro e áreas de estudo, o Índice de Reprodução de Cor (IRC) também desempenha papel crucial na seleção da lâmpada ideal. Esses aspectos, quando compreendidos e aplicados, contribuem para a criação de projetos luminotécnicos residenciais verdadeiramente eficazes.
Rodrigo Silveira, aos 46 anos, é um entusiasta de arquitetura e design de interiores. Sua paixão reflete não apenas em seu blog, arqdecor.shop, mas também em projetos tangíveis que combinam estética e funcionalidade de maneira única. Um redator talentoso e visionário no universo do design.